Um calouro da Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) entrou em coma e acabou no hospital depois de sofrer um trote violento durante a tarde desta quarta-feira no Parque Itaimbé, em Santa Maria.
Conforme a mãe do jovem, que completou 18 anos um dia antes do trote, ele saiu de casa por volta das 16h para encontrar os colegas.
_ Ele também tem parcela de responsabilidade porque aceitou beber, mas não tinha ideia de como era o trote. Não lembra de nada. Nem como chegou no hospital nem como colocaram gasolina no corpo dele. Ele poderia ter morrido se alguém riscasse um fósforo perto dele _ relata a mãe, que não quer ser identificada.
A família soube do trote porque o médico que atendeu o jovem ligou avisando que eles estava no hospital e poderia entrar em coma. Conforme a mãe, a pressão arterial mínima e máxima quase se juntaram.
_ Não tem justificativa integrar uma pessoa dentro de um grupo e ser submetido a esse tipo de situação. Nem falo pela humilhação, mas pela saúde especificamente. Não sabemos o que ele ingeriu, sabemos que estava em coma. Possivelmente coma alcoólico. É tradição nesses tipos de paciente a ingestão de bebidas alcoólicas para fazer o que fazem, forçado pelos veteranos _ disse o médico plantonista que atendeu o jovem na Unimed, Fernando Souza, à equipe da RBS TV.
O médico afirmou que o estudante chegou hipotérmico, quase sem roupa, sujo e cheirando a querosene e em coma.
O jovem já está em casa e passa bem.
O Diário entrou em contado com o curso de Engenharia Mecânica. Até às 10h30nin, o coordenador não estava no departamento. A secretária informou que o curso desconhece o fato e que a prática de trote é proibida pela UFSM